Em uma cidade em guerra
o chute ao gol daquela criança
nunca se converteu em comemoração
pois a bala do fuzil furou a bola e o coração
A bola que não cruzou
a linha imaginária que dividia
o campo e o gol
nunca mais rolou
O coração que cruzou
a linha real que dividia
a vida e a morte
se calou para sempre
Como permanece em silêncio a maioria
que não se importa com o massacre
que cala tantos corações
todos eles
tão negros, tão pobres, tão jovens
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